Operário usava o cinto de segurança, mas ele não estava engatado na linha de vida.
Um acidente de trabalho em altura em uma obra de um prédio de 23 andares ocasionou a morte de um operário na tarde desta quinta-feira (11), no Batel, em Curitiba. O trabalhador, de 32 anos, caiu de uma passarela de andaime de cerca de seis metros e não resistiu aos ferimentos causados pelo impacto no solo de concreto, dentro do canteiro de obras. O acidente ocorreu por volta das 15h30, na Rua Bento Viana, quase esquina com a Avenida Sete de Setembro.
Obra onde ocorreu o acidente fatal fica no Batel, em Curitiba. Foto: Atila Alberti/Tribuna do Paraná.
Segundo alguns colegas de trabalho, o homem usava o cinto de segurança, mas ele não estava engatado na linha de vida, como é chamada a corda de proteção para trabalhos em altura. O equipamento estava preso direto em um ferro do andaime.
O tenente Antonio Mendes Júnior, do Corpo de Bombeiros, confirmou a informação e ressaltou que a linha de vida, na área da obra em que o operário trabalhava, não estava preparada para aquele serviço específico. “Há uma linha no local, mas o trabalhador não tinha acesso a ela. Provavelmente, era uma linha armada para outro serviço. Infelizmente, ele prendeu o equipamento na barra e o dispositivo se soltou. Foi uma fatalidade”, disse Mendes Júnior.
Os socorristas tentaram reanimar a vítima, mas o óbito foi constatado. O homem provavelmente morreu porque caiu de costas e com a cabeça no chão. A criminalística foi acionada e deve apurar as causas e responsabilidades do acidente. O corpo será encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML).
Resposta da empresa
A Thá Engenharia lamenta profundamente o acidente que ocorreu na tarde desta quinta-feira (11) no centro de Curitiba. Informamos que o funcionário, contratado por uma prestadora de serviço do empreendimento, estava utilizando todos os equipamentos de segurança para a execução das atividades. Mas, infelizmente, ocorreu um problema mecânico em um dos equipamentos. A Thá Engenharia informa que colaborará com a averiguação da causa do acidente e se coloca à disposição das autoridades para eventuais esclarecimentos.
O operário usava o cinto de segurança, mas ele não estava engatado na linha de vida. Foto: Atila Alberti/Tribuna do Paraná.