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Os riscos de manutenção em indústrias com linha de produção contínua


Trabalho em Altura

Nas indústrias de processo contínuo, parar a linha de produção não é possível, exceto em momentos planejados previamente. São as chamadas paradas de manutenção, quando um verdadeiro exército de trabalhadores próprios e terceirizados atua em meio a um cenário de múltiplos riscos e prazos apertados Refinarias, indústrias petroquímicas, fábricas de celulose e papel, siderúrgicas e usinas termelétricas têm em comum a necessidade de periodicamente interromper total ou parcialmente suas operações para uma revisão geral de seus equipamentos. São as paradas de manutenção em que linhas de produção ficam travadas por 15, 30, 40 ou até mais dias para receber um exército de trabalhadores contratados para uma verdadeira força-tarefa de manutenção. A atividade é típica de unidades industriais de processo contínuo, aquelas em que a produção raramente para e não há espaço ou tempo para troca de peças e vistorias de equipamentos. Todo esse processo fica concentrado no período de parada, que, geralmente, mobiliza milhares de trabalhadores internos e de empresas terceirizadas. O trabalho é intenso e impõe a gestores e operários o desafio de conciliar a pressão pelo cumprimento do prazo da parada com a observação de normas e procedimentos de proteção aos trabalhadores em operações que, por vezes, expõem os funcionários a um mosaico de riscos simultâneos. Não raro, trabalhadores em paradas de manutenção estão, ao mesmo tempo, sujeito a agravos ergonômicos, além de riscos físicos e químicos. Tudo isso, enquanto trabalham principalmente em altura ou em ambiente confinado. Entrar em tubulações, vistoriar peças de grandes proporções e conviver com o deslocamento de componentes pesados são ações comuns na parada, que exigem um articulado planejamento de gestão de riscos e a adoção de medidas preventivas precisas em atividades que não fazem parte da rotina da maior parte dos envolvidos. A complexa proteção aos trabalhadores nas paradas vem mobilizando grandes indústrias, prestadores de serviço e auditores fiscais do Trabalho no aprimoramento da gestão de SST nas operações. Um trabalho que já coleciona avanços, mas ainda tem desafios a enfrentar.

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